Trabalhar sentado por 10 anos dobra risco de câncer de intestino
Trabalhar sentado pode ser cômodo, mas é prejudicial. De acordo com uma pesquisa da Universidade da Austrália Ocidental, na Austrália, 10 anos ou mais de longos períodos sedentários quase duplicam o risco de alguns tipos de câncer de intestino, mesmo que a pessoa se exercite em seu tempo livre.
Os cientistas compararam o estilo de vida e o nível de atividade física de 918 voluntários com a doença e 1021 sem. Os resultados mostraram que os funcionários que passaram mais de uma década em um serviço parado se mostraram 94% mais propensos a desenvolver tumor no cólon distal e, 44%, de reto.
Entre as possíveis explicações estão que trabalhar em uma cadeira tende a causar aumento nos níveis sanguíneos de açúcar, danos na produção de insulina e inflamações. A publicação American Journal of Epidemiology divulgou esses dados.
Vale lembrar que, segundo o jornal Daily Mail, estudos recentes sugerem que os adultos americanos passam 55% do tempo sentados no escritório. Levantamentos anteriores mostraram que os homens que permanecem na cadeira a maior parte do dia apresentam 30% mais probabilidade de câncer de próstata do que aqueles com ocupações mais ativas.
Reportagem: Marcios Carlos
Beber muito café é igual a beber pouco, diz estudo
Um grupo de cientistas traz uma boa notícia aos adoradores do bom e velho cafezinho. De acordo com um estudo americano, uma quantidade maior de café ingerida não está necessariamente associada a uma pressão sanguínea maior, segundo informações do jornal britânico Daily Mail.
Os pesquisadores investigaram quantos copos de café os participantes tomavam por dia, em uma variação entre menos de uma xícara até cinco. Como resultado, uma surpresa - a chance de desenvolver aumento de pressão se mostrou muito semelhante, tanto no grupo de pessoas que toma pouco café, quanto entre os participantes que ingerem mais do que cinco doses diárias.
Invariavelmente visto como um dos vilões da hipertensão - associada às doenças do coração e ao Acidente Vascular Cerebral (AVC) - o café já apareceu em diversos estudos como uma bebida que deve ser tomada com cautela.
Embora o estudo possa diminuir a culpa dos maníacos por café, os especialistas lembram que a reação da bebida no corpo humano varia de acordo com a disposição genética de cada um, portanto, é preciso moderação. "Para algumas pessoas talvez seja seguro beber muito café, para outras, não", ressalta um dos especialistas ouvidos pelo jornal.
Reportagem: Marcia Claro
Fumo passivo aumenta risco de distúrbios mentais em crianças
Respirar fumaça de cigarro pode aumentar o risco de desordem mental e comportamental em crianças, o que inclui déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), aponta um estudo publicado na revista científica Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine.
O estudo sugere ainda que as crianças de mães que fumam enquanto estão grávidas são mais propensas a ter problemas de comportamento. A exposição ao fumo passivo também foi ligada a problemas de coração e respiratórios. ?Já é tempo de começarmos a proteger as crianças da exposição (ao fumo passivo) se estivermos comprometidos com a prevenção dessas doenças?, diz o médico Bruce Lanphear, chefe de um centro especializado na saúde infantil de Cincinnati, nos Estados Unidos.
Os autores do estudo, conduzido por Frank Bandiera, da Universidade de Medicina Miller, observaram a ligação entre o fumo passivo e a saúde metal em crianças e jovens de 8 a 15 anos. Entre os meninos expostos ao fumo passivo, os pesquisadores notaram mais propensão aos sintomas de TDAH, depressão, ansiedade e transtorno de conduta. As meninas demonstraram mais sintomas relacionados ao TDAH e ansiedade.
Foram observadas 201 crianças, das quais 7% tinham TDAH - na população em geral, esse índice é de 5%. Outras 15 foram diagnosticadas com depressão e 9 tinham transtorno de ansiedade. Os autores concluíram ser necessário mais esforços para banir o fumo nos lugares públicos e evitar a exposição dos filhos à fumaça em casa.
As informações são do Jornal da Tarde.
Reportagem: Veronica Isabela
Veja como o chocolate pode ajudar sua saúde
Protege o coração, impede o acúmulo de gordura nas artérias, atua no sistema nervoso central, age como antidepressivo, diminui o colesterol ruim e tem um sabor gostoso. Esse é o chocolate, que é largamente consumido pelos brasileiros nessa época da Páscoa. Esse alimento pode trazer diversos benefícios à saúde, mas desde que consumido com moderação, já que pode causar obesidade e levar a problemas no sistema digestivo.
O chocolate possui dois ingredientes extraídos da semente de cacau: a manteiga de cacau - rica em gordura - e a massa de cacau – que possui flavonoides, substâncias antioxidantes que trazem benefícios à saúde.
Os flavonoides, que também estão presentes no vinho, têm a capacidade de reduzir o colesterol ruim, explica o cardiologista Daniel Magnoni, nutrólogo do Hospital do Coração de São Paulo.
Além disso, essas substâncias estimulam a comunicação entre os neurônios, evitam o envelhecimento celular e protegem o sistema cardiovascular, já que impedem a deposição de gordura nas artérias.
Dessa maneira, os melhores chocolates para a saúde são aqueles que trazem mais massa de cacau e menos manteiga de cacau, diz a nutricionista Camila Ragne Torreglosa, do HCor. E como o chocolate amargo é o que mais possui a massa de cacau, ele é o mais benéfico para saúde.
- O amargo é mais rico em substâncias antioxidantes, principalmente aqueles que têm de 70% a 80% de cacau.
Já o chocolate branco, explica Camila, é feito basicamente de manteiga de cacau, leite e açúcar, e, por isso, não possui as substâncias antioxidantes.
- As pesquisas que deram resultados positivos foram com o chocolate amargo. Com relação ao chocolate ao leite, que têm menos massa de cacau, os benefícios são insignificantes.
Excesso
O principal problema do chocolate, no entanto, é o exagero. Rico em açúcar e gordura, a guloseima pode causar obesidade, elevar a taxa de glicemia no sangue e levar a problemas gastrointestinais, como irritações no estômago e intestino.
O excesso é prejudicial até mesmo para alimentos considerados saudáveis, explica a médica Nídia Pimenta Bassit, da Divisão de Doenças Transmitidas por Alimentos da Secretaria de Saúde de SP.
- Até um alimento que tem alto valor nutritivo, se você atua com fanatismo e come só aquilo, ele vai ser ruim para a saúde. O ideal é manter uma dieta variada e equilibrada, mas também que dê prazer e seja saborosa, porque isso faz parte do bem-estar.
É aí que entra o chocolate, diz Nídia, como uma opção ao lado de uma série de outros alimentos.
A médica explica, no entanto, que não existe um consenso sobre a quantidade limite que deve ser consumida em um só dia. Isso depende muito da receita de cada chocolate e da quantidade de açúcar e gordura.
Nesse caso, a dica de Camila, nutricionista do Hcor, é ficar atento aos rótulos dos produtos. Para um chocolate amargo de 500 g que contenha ao menos 70% de cacau, a recomendação é de que seja consumido em dez dias. Esse produto pode conter, em média, 2.500 kcal.
Nídia pede ainda que as pessoas fiquem atentas aos chocolates diet, que são feitos para quem tem restrição ao açúcar. O problema desses produtos é que, como não possuem açúcar, os fabricantes colocam mais gordura para atingir a consistência cremosa de chocolate.
Alguns chocolates diet são mais calóricos que o normal. Então é sempre bom olhar o rótulo para ver a quantidade de calorias. Mas o melhor é sempre o amargo, desde que em quantidade moderada.
Reportagem: Manuel Geraldo
Anticoncepcional com hormônio drospirenona aumenta risco de trombose
EFE
Cientistas neozelandeses e americanos vincularam os efeitos de alguns tipos de pílulas anticoncepcionais com um maior risco a desenvolver trombose venosa, de acordo com um estudo divulgado nesta sexta-feira (22) pela imprensa da Nova Zelândia.
A pesquisa demonstrou que as mulheres britânicas que ingeriam anticoncepcionais com uma combinação do hormônio drospirenona apresentaram quase três vezes mais o risco de desenvolver a doença que aquelas que consomem pílulas com levonorgestrel.
O estudo realizado pela Universidade de Otago, na Nova Zelândia, e pela Universidade de Boston, nos Estados Unidos, também aponta que a cada ano 14 mulheres de cada 100 mil consumidoras dos anticoncepcionais orais com drospirenona sofrem de trombose venosa.
Lianne Parkin, da Universidade de Otago e coordenadora do estudo, falou ao canal de televisão neozelandês TV3.
- Essa situação pode ser evitada com a ingestão de pílulas com levonorgestrel.
A pesquisa se baseou na análise dos casos de 318.825 mulheres entre 15 e 44 anos de idade que utilizaram pílulas com drospirenona e com levonorgestrel entre 2002 e 2009.
Os resultados obtidos seguem a mesma linha de estudos realizados pela Clínica Ginecológica de Rigshospitalet, em Copenhague, na Dinamarca, e pelo Centro Médico da Universidade de Leiden, na Holanda, que foram publicados há quse dois anos.